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segunda-feira, 28 de março de 2011

CORAÇÃO AGALOPADO


CORAÇÃO AGALOPADO

(Victor "Lobisomem")




Sinto dentro do peito uma paixão

que eu tento domar mas não consigo

ela faz o que bem quiser comigo

me botando a galope o coração

eu pareço montar um alazão

indomável, selvagem e bravio

disparado, sem rédeas, bem vadio

galopando por várias direções

eu procuro amansar as emoções

esse é o meu grande desafio



A paixão é um cavalo indomado

que até o cavaleiro experiente

cangaceiro ou vaqueiro mais valente

quando numa paixão está montado

sente o coração agalopado

parecendo até um iniciante

aboiando e tocando seu berrante

certas vezes caindo do cavalo

empolgado não consegue domá-lo

e na poeira tomba ofegante



Mas se o vaqueiro é bom ele levanta

ajeita o gibão e o chapéu

novamente ele monta em seu corcel

com firmeza e fé na Virgem Santa

um aboio bem bonito ele canta

pra curar as feridas e a dor

e o selvagem, chucro galopador

entra na rédea curta do vaqueiro

pois cavalo domado é companheiro

e paixão bem domada vira amor.

sexta-feira, 11 de março de 2011

ERA UMA VEZ UM PLANETA ...



Uma reflexão poética sobre os fenômenos da natureza que vem atingindo todo o planeta Terra. Qual a nossa responsabilidade sobre estes acontecimentos ?
ERA UMA VEZ UM PLANETA
Autor: Victor “Lobisomem”

Era uma vez um planeta
Que por Deus fora criado
Com carinho paciência
Amor, zelo e cuidado
Com muita dedicação
O planeta criação
De “Terra” foi batizado

Flutuando no espaço
E cercado por bilhões
De estrelas cintilantes
Juntas em constelações
E acompanhada da sua
Admiradora lua
Fonte de inspirações

Havia também um sol
O astro rei imponente
Acariciando a Terra
Com seu brilho forte e quente
Iluminando distante
Poderoso sol brilhante
E sua energia ardente

Em volta daquele sol
A Terra rodopiava
Num movimento constante
A lua lhe imitava
Num floreio bem bonito
Girando pelo infinito
Parecia que dançava

No planeta Terra as águas
Como um manto cobriam
Lá do alto das montanhas
Em cachoeiras desciam
Estavam em toda parte
Feito uma obra de arte
E pelos rios corriam

Águas doces percorriam
As florestas viajando
Em busca de encontrar
Quem estava lhes esperando
Os oceanos e mares
E os pássaros pelos ares
Iam lhes acompanhando

Pássaros voam cantando
Sobrevoando os rios
Os mares vão agitando
As águas em corrupios
Ondas beijando a areia
É manhã de maré cheia
Os ventos sopram vadios

O céu azul emoldura
Essa obra colossal
Feita pelas mãos divinas
Em um gesto paternal
Obra de rara beleza
Chamada de natureza
Fenômeno sem igual

Criação mais que perfeita
Majestosa harmonia
E o Grande Deus amoroso
Resolveu criar um dia
Encheu-se de esperança
E à sua semelhança
A raça humana nascia

O homem tinha na Terra
Tudo para viver bem
Água limpa, muitos frutos
E os animais também
A natureza vivia
Lhe servindo noite e dia
Sem cobrar nada a ninguém

Naquele lindo planeta
O tempo ia passando
A raça humana também
Ia se multiplicando
Mas sem a preocupação
Sem cuidado e gratidão
Tudo foi modificando

Nada foi acontecendo
Da noite para o dia
Foi tudo bem devagar
Pouca gente percebia
Mas o homem se esqueceu
De cuidar do que era seu
De preservar a harmonia

Deus bastante preocupado
Tudo fez pra ajudar
Mandava muitos sinais
Pro perigo alertar
Mas o homem nem ligava
Com nada se preocupava
Só fazia devastar

Muitos anos se passaram
Milhares, talvez milhões
E hoje aqui estamos
Cheios de preocupações
Em que mundo nós estamos?
Mas mesmo assim não paramos
Com tantas destruições

Devastamos as florestas
Poluímos nosso ar
O mesmo ar que nós mesmos
Estamos a respirar
Se de nós for depender
Nossa água de beber
Pode até se acabar

Dizem que o ser humano
É um ser racional
Fico eu me perguntando
Como é que um animal
Que se diz inteligente
Destrói o meio ambiente
Seu habitat natural?

Apontamos uns aos outros
Pra responsabilizar
O governo, as indústrias
Quem mais podemos culpar?
Mas nada posso dizer
Sem minha parte eu fazer
Para isso melhorar

Seca, enchente, tsunami
Impacto ambiental
Desequilíbrio ecológico
Aquecimento global
Cadê nossa inteligência
Educação, consciência
De um ser racional?

Nunca é tarde, ainda é tempo
De encontrar a solução
Devemos à natureza
Carinho e gratidão
Me desculpe se incomodo
Mas hoje foi deste modo
Que me veio a inspiração

Deus nos dê mais uma chance
Agora eu lhe dou certeza
Nós vamos cuidar direito
De toda essa beleza
Então pra lavar as almas
Peço uma salva de palmas
Pra nossa Mãe Natureza

FIM
Outubro/2007
Autor: Victor Alvim

* Este cordel foi escrito por sugestão e convite de Cláudio Baltar (Parafina) da Intrépida Trupe para ser apresentado com o espetáculo “ÁGUA DE BEBER” no evento ecológico NEUTRALIZO realizado no Jardim Botânico do Rio de Janeiro em outubro de 2007

quinta-feira, 3 de março de 2011

Exaltação à Nobre Porta Bandeira




Pequena homenagem à talentosa Lucinha Nobre, que honra na avenida o pavilhão da grande PORTELA:



Exaltação à Nobre Porta Bandeira
(Autor: Victor Alvim)

Em seu nome ela já traz a NOBREZA
Traz a LUZ e a imensidão do MAR
Pois nasceu destinada a brilhar
Com todo seu talento e beleza
Vem de berço a sua realeza
Desde que era bem pequenininha
Sob as bênçãos de uma grande rainha
A Sereia dos Rios e do Ouro
Abençoa e protege o seu tesouro
A preciosa menina LUCINHA

No destino traz a NOBRE missão
E a enorme responsabilidade
Que ela faz muito bem com majestade
Carregar o sagrado pavilhão
Com as mãos, corpo, alma e coração
Na bandeira da escola querida
Irradiando LUZ pela avenida
Seu desfile é uma obra de arte
É pintura que a porta estandarte
Eterniza no atelier da vida

Desenhando com os pés na passarela
Rodopios como um redemoinho
Deslizando no chão bem de levinho
E riscando no ar sua aquarela
Na Sapucaí ela pinta sua tela
A sua obra prima verdadeira
A moldura é a arquibancada inteira
Aplaudindo de pé a exaltá-la
E eu sonhando em ser o mestre sala
Da LUCINHA NOBRE PORTA BANDEIRA