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sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

CACIQUE DE RAMOS em CORDEL





LITERATURA DE CORDEL

CONTA A TRAJETÓRIA DO BLOCO

CACIQUE DE RAMOS



Beth Carvalho escutando atenta

a leitura do cordel na quadra do Cacique

Rainha da bateria e diretoria reunida e atenta
Bira Presidente, Beth Carvalho e Victor Lobisomem



Renatinho Partideiro e Bira Presidente


relembrando toda a história do bloco


Bira Presidente sorri com os versos


e se emociona com as lembranças



LITERATURA DE CORDEL CONTA
A TRAJETÓRIA DO BLOCO CACIQUE DE RAMOS

Em 20 de janeiro de 1961 um grupo de jovens de Ramos, Olaria e Bonsucesso, fundava um pequeno bloco sem maiores pretensões. 50 anos depois, este bloco tornou-se um mito do carnaval brasileiro e sua quadra abriga um pagode onde passaram os maiores nomes do samba brasileiro e muitos ali foram revelados. É o Cacique de Ramos, patrimônio cultural do Rio de Janeiro. E pra contar a sua trajetória, o poeta popular Victor Alvim, conhecido também como “Lobisomem”, escreveu sua história no formato da tradicional LITERATURA DE CORDEL.
“Freqüentador da roda de samba do Cacique de Ramos, o autor tinha o rascunho deste cordel guardado há cerca de 5 anos e decidiu continuar a missão de terminar o texto para homenagear o bloco no seu cinqüentenário

“...O Brasil é terra rica
Na arte e na cultura
E tudo que vem do povo
Na sua expressão mais pura
É obra que emociona
Até a alma mais dura

E foi um dos grandes blocos
Que me chamou atenção
Despertou meu interesse
E tocou meu coração
Se tornando para mim
Fonte de inspiração

Um bloco muito animado
E também tradicional
Que arrasta multidões
Fenômeno sem igual
É o Cacique de Ramos
Um dos reis do carnaval...”


Pesquisando em livros, discos, jornais, vídeos e conversando com integrantes novos e antigos da agremiação, Victor reuniu as informações básicas que precisava para escrever. A origem das 3 famílias que fundaram o bloco; a rivalidade com o bloco “Bafo da Onça” do bairro do Catumbi; grandes nomes que passaram pela sua quadra e outros detalhes importantes.

“...E com essas três famílias
De Ramos e Olaria
Um capítulo importante
Do carnaval surgiria
Mas isso naquele tempo
Ninguém imaginaria

As mulheres já queriam
Dos grupos participar
As irmãs e namoradas
Foram reivindicar
Rapidamente atendidas Conquistaram seu lugar

E assim dessa maneira
Um novo bloco nasceu
O “Cacique Boa Boca”
De repente apareceu
Em homenagem aos índios
Esse nome se escolheu


Na década de 60
Começou a sua história
No ano 61
Registrado na memória
O Cacique começou
Sua carreira com glória...”


Conversas com Bira Presidente e Sereno, fundadores do bloco e integrantes do grupo Fundo de Quintal, foram primordiais para esclarecer dúvidas sobre nomes e fatos importantes.

“ ...Na fundação do Cacique
Também temos que lembrar
De Ênio, Mendes e Dida
Everaldo e Alomar
E outras tantas figuras
Que é difícil enumerar...”

Membros da diretoria do Cacique como Tuninho Cabral, Ronaldo Felipe e Renatinho Partideiro, membros da diretoria e apaixonados pelo Cacique foram grandes colaboradores e incentivadores para que o cordelista publicasse o livreto ainda em tempo para as comemorações dos 50 anos do Cacique de Ramos que começam na próxima quinta feira dia 20 de janeiro na sede da Rua Uranos, 1326.

“...O bloco que começou
Somente por diversão
De uma turma de jovens
Sem nenhuma pretensão
Que jamais imaginavam
Que cumpriam uma missão

Que começou no subúrbio
Do velho Rio de Janeiro
Cresceu, ficou conhecido
Por esse Brasil inteiro
Transformando-se num mito
Do carnaval brasileiro

O Cacique é referência
Na música brasileira
Vem gente do Brasil todo
E até de terra estrangeira
Pra conhecer o Cacique
E a sua tamarineira

Desejamos ao Cacique
Um feliz aniversário
Parabéns por sua história
E pelo cinquentário
Vida longa e muito samba
Aguardando o centenário! ...”